Normal Legal

CEGOS e SURDOS diante da LOUCA Realidade

Pelo que constato todos os dias, as empresas privadas e públicas não desejam conhecer a verdade a respeito de proteção contra incêndio.

Por várias vezes no último mês de outubro de 2020, fui chamado para ofertar instalação de sistemas de proteção contra incêndio. Quando abordamos a questão de que seus projetos legais (aqueles pobres projetos aprovados pelos Corpos de Bombeiros) foram aprovados de maneira equivocada, a receptividade se altera drasticamente. Ficam surdos e cegos, resistindo com o seguinte argumento:

“-Nosso consultor aprovou o projeto legal junto ao Corpo de Bombeiros!!”

Entendam todos de uma vez por todas: “- AVCB NÃO APAGA INCÊNDIOS !!!

Sempre confirme as informações com consultores especializados. Busque outras fontes especializadas.

 

CASE 01

Vou citar um exemplo de uma empresa no interior de São Paulo, citando somente 2 (dois) dos erros do projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo (não vou citar outros para não ser cansativo):

1-posicionamento de um detector pontual de fumaça em uma câmara fria (temperatura de trabalho dessa câmara fria de MENOS 18 GRAUS CELSIOS). Deve ser do tipo DPFP=detector pontual de fumaça picolé. Desconheço, no mundo, a utilização desse tipo de detector nesse ambiente tão hostil.

Tomei conhecimento recentemente, ao arrepio de especialistas, que para aprovarem projetos para tais riscos estão sendo exigidos tais detectores pontuais do “tipo picolé” ou detectores lineares do tipo infra vermelhos. É o cúmulo da falta de capacitação desses órgãos públicos.

O leitor deve estar se perguntando: “- existe algum detector para tal ambiente refrigerado?”

A minha resposta é sim, e sei qual é o mais apropriado para seu empreendimento. Basta nos contratar que teremos prazer em poupar seu dinheiro, projetando e instalando produto que realmente atenda seu risco e cumpra com os ditames de norma (requisito e performance).

2-Quando o mesmo cliente, crente no projeto legal, descobriu que a compartimentação, já contratada para ser executada, não poderia utilizar “gesso acartonado rosa” como forro para TRRF 120 minutos, ficou mudo (afirmei que “-NÃO EXISTE LAUDO COMPROVANDO TAL TRRF”). Mas, certamente, algum “Espert” dará alguma ART falsa atestando que atende alguma norma da Zâmbia. Certamente, também, não serei contratado e a razão será : contar a verdade aos meus clientes.

Nota de esclarecimento: projetamos recentemente mais de 101 medidas de proteção contra incêndio relacionadas com compartimentação horizontal e vertical em uma indústria de alimentos, economizando mais de 20 milhões de reais para esse nosso cliente com produtos CERTIFICADOS (que deveria instalar sistema de detecção, sprinkler e controle da movimentação da fumaça – orientado por um suposto “Espert” da região). Consulte-nos a respeito e faça parte de seleto grupo de clientes que recebem toda nossa atenção, com soluções adequadas, bem como técnica e economicamente viáveis !!

 

CASE 02

Acabei de sair de uma visita técnica em um “Hospital Público” e lembrei do incêndio no Hospital Badim. Devemos lembrar que reportagens dão conta de que houve o indiciamento de 8 (oito) pessoas, a saber:

  • Marcelo Vieira Dibo e Virginia de Figueiredo Marques – diretores do Hospital Badim.
  • Norbert Bieberle – responsável pela engenharia civil da unidade
  • Alberto Drumond Roca – engenheiro de segurança do trabalho
  • Lucia de Cassía dos Reis Batista – engenheira coordenadora do setor de manutenção do hospital
  • Marcia Regina Pereira da Rocha – chefe do setor de arquitetura do Badim
  • Jorge Luiz Buneder e João Luiz Buneder, diretores da empresa Stemac – responsável pela construção e manutenção do gerador.

Não podemos esquecer que nesse incêndio ocorreu a morte de 17 pacientes.

Os indiciados irão responder 15 vezes por homicídio doloso qualificado e duas vezes por homicídio, além do crime de incêndio. Segundo as investigações, o Hospital Badim estava com obras irregulares, havia defeito no sistema de prevenção de incêndio e o plano de evacuação era falho.

Laudos do Instituto Médico Legal (IML) apontaram que a maioria das 17 vítimas morreu por inalação de fumaça e complicações pelo desligamento de aparelhos hospitalares. Vejam meu vídeo a respeito do tema “Controle da movimentação da fumaça em edificações“.

Outro incêndio recente, agora no Hospital de Bonsucesso, RJ, mostra o sucateamento não somente da segurança contra incêndio, mas também dos serviços médicos, onde a área de refúgio, que deveria ser no interior da edificação, passou a ser em uma oficina mecânica defronte aquele centro de doença (Rio Paiva Pneus), resultando em mais 5 mortos.

Foto: último segundo

Mas a memória curta dos profissionais e a má vontade em conhecer a respeito de tema tão relevante, como é o da segurança contra incêndio no Brasil, continuará sem dúvida alguma, enquanto gestores públicos  e/ou privados continuarem a contratar verdadeiros acéfalos para elaborarem e aprovarem seus projetos.

Da visita ao Hospital que realizei no dia de hoje posso com certeza afirmar que nada mudou no país de Abrantes. Do pobre e vergonhoso memorial descritivo entregue a todos os concorrentes, para orçar o sistema de detecção e alarme de incêndio, os produtos a serem utilizados poderão ser da Guiné, Iêmen ou Quiribati (nem sabia que existia tal país).

Produto CERTIFICADO, atendendo a ABNT NBR 17240 ou projeto executivo ??!??

Pra quê ??!!???  Estamos no Brasil !! Incêndios não matam tantas pessoas assim !!

Difícil trabalhar em um mercado SURDO, CEGO e LOUCO !

 

Foto em destaque: Yahoo notícias

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